terça-feira, março 15, 2011

Dôssie Sanfelice ... detalhes que você precisa saber ...


Beatriz Helena de Oliveira Rodrigues
Beatriz foi encontrada carbonizada dentro do carro do marido em 13 de junho de 2004. 
  
"Eu não matei minha mulher, eu não posso mais ficar sem ver meu filho. Não sou um facínora, sou um cidadão."


LUIZ HENRIQUE SANFELICE
Palavras mencionada durante o interrogatório de Luiz Henrique Sanfelice (42 anos na época e hoje cerca de 46 anos) que era acusado de assassinar sua esposa e jornalista Beatriz Helena de Oliveira Rodrigues, de 43 anos, o interrogatório  ocorrera no dia 14 de junho de 2006, porém o assassinato havia ocorrido em 2004 - no dia dos namorados 12 de junho. Sanfelice disse essas palavras enquanto chorava e em um tom de voz alta e criticava a policia por não poder responder o processo em liberdade. A babá do filho do casal (na época Leani Elisabete Engester da Silva) também fora ouvida por ser suspeita de receber dinheiro (Cerca de R$ 2 mil reais) para ser um álibi falso de Sanfelice.

  • O JULGAMENTO:  

O perito chamado pelos advogados de Sanfelice para verificar o tempo levado para percorrer o trajeto entre o local do crime e a residencia do acusado, segundo o promotor responsável pelo julgamento Eugênio Paes Amorim, o perito foi envia somente para mentir e foi avisado pelo promotor, que se ele mentisse iria ter problemas.
Versão do perito: O trajeto entre  o local do crime, o Santuário das Mães (em Novo Hamburgo/RS) e a residencia levaria cerca de uma hora.
Versão do Promotor: " Percorri o mesmo trajeto e levou somente 39 minutos, com 10 kg a mais e quatro cirurgias no joelho" havia dito Amorim com suas palavras.


O Julgamento ocorreu no dia 14 de Dezembro de 2006 (quinta-feira) no Salão de Atos do Centro Universitário Feevale (Novo Hamburgo/RS) com inicio às 9h. Estava detido no Presídio Central de Porto Alegre pois não respondeu o processo em liberdade. O processo reunia mais de quatro mil páginas 2 anos depois do assassinato, que ocorrera no dia dos namorados. A jornalista foi queimada viva dentro do carro de Sanfelice e seu corpo encontrado num matagal próximo a um dos pontos turístico da cidade de Novo Hamburgo, Santuário das Mães. Sanfelice já havia trocado de advogados quatro vezes.
O juíz responsável foi o juíz Ruy Rosado de Aguiar, e também houve o julgamento da babá por prestar falso testemunho e fora defendida pelas mesmos advogados do acusado.  

Sanfelice fora condenado a 19 anos e três meses de prisão pela porte da esposa, a jornalista Beatriz Helena de Oliveira Rodrigues, 43 anos, 
 Fora disponibilizado cerca de 245 senhas para o publico ver o julgamento.



  • O SEMIABERTO E A FUGA: 

Em 25 de Maio de 2008 o Superior Tribunal de Justiça (STJ) aceitou o pedido de habeas corpus do condenado Luiz Henrique Sanfelice que estava foragido desde o dia 10 de Abril. Assim não seria nescessário  seu retorno ao regime fechado ou um exame criminológico.
Depois de sua condenação, Sanfelice não retornou ao Presídio Estadual de Novo Hamburgo, depois de um dia de trabalho externo.A fuga ocorreu no mesmo dia em que o Tribunal de Justiça do Estado determinou a volta do apenado ao regime fechado, atendendo a um recurso do Ministério Público, no dia 10 de Abril de 2008. 
Com o semiaberto aceito pela STJ, a advogada Gabriela Ruschel Michaelsen afirmou que as expectativas eram de que Sanfelice entre em contato com seus defensores. Se fosse capturado ou se apresentasse por livre e espontânea vontade o Sanfelice seria encaminhado ao regime semiaberto, conforme decisão do STJ 

Rota de fuga: Santa Catarina, Paraná e Argentina.
 Após sua fuga do Presídio Estadual de Novo Hamburgo, Sanfelice esteve em Santa Catarina, onde passou alguns dias, ido em seguida para Foz do Iguaçu/PR e Buenos Aires na Argentina antes de partir para a Espanha.

Casamento no semiaberto.
 Em 2007, o preso Sanfelice que cumpria o regime semiaberto fez uma união civil no cartório da 4ª seção de Porto Alegre, casando-se com Andrea Soares de 35 anos, moradora do bairro Partenon em Porto Alegre, tiveram um filho, hoje com cerca de 6 - 7 anos. Andrea pediu a carteira com identidade como senhora Sanfelice, porém na foto estava bem diferente, com a pela mais clara e cabelos compridos. Os dois viviam em em Bollulos de la Mitación, nos arredores de Sevilha, no sul da Espanha quando foi preso em 2010.
Quando a jornalista, e na época esposa de Sanfelice foi assassinada, Andrea estava grávida de três meses, após sua prisão, Sanfelice aceitou o exame de DNA que confirmou a paternindade, Sanfelice já tinha um filho com a jornalista, hoje a criança esta com a guarda da mãe de Beatriz, Gecy Rodrigues.




  • ESPANHA E A EXTRADIÇÃO:

Sanfelice afirmou que pedia comida em abrigos para não passar fome, vivia na Espanha como um mendigo.
Durante o voo Sanfelice demostro um comportamento humilde, falava pouco e tentava esconder o rosto, não falou durante as 12 horas de voo entre Madri e Porto Alegre, falando somente com os federais da Interpol (delegado federal Farnei Franco Siqueira), durante a escala em São Paulo, no aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, onde disse que viveu como mendigo na Espanha, trabalhava até 16 horas. Porém Sanfelice viviam em Bollullos de la Mitación, no interior de Sevilha, morava em um sobrado de alvenaria em condomínio de classe média, com o rosto modificado por cirurgias plásticas, fora preso perto de casa. 
Sanfelice estava com a barba grisalha, usava um tênis branco de marca e cobria a cabeça com uma jaqueta azul também de marca, levava um moletom nas mãos e com as mangas da jaqueta tentou esconder as algemas que havia ganhado ao desembarcar em Porto Alegre, pois durante o voo não precisou algema-lo.

Extradição de Sanfelice é a primeira entre o Rio Grande do Sul e a Espanha.




  • A CHEGADA EM PORTO ALEGRE/RS: 

Três anos se passaram desde sua fuga do regime semiaberto, Sanfelice retornou nesta terça-feira (08-03-2011) para a Penitenciária Modulada de Montenegro. Ele chegou ao local às 11h40min, depois de ter passado por exames no Departamento Médico Legal (DML), na Capital. Ele ficará preso por 30 dias por punição devido a sua fuga. A sua advogada Gabriela Ruschel Michaelsen não quer que ele fique preso por mais tempo no regime fechado.
 - Sou inocente, sou inocente. Não matei Beatriz. - Dizia Sanfelice ao chegar no DML de Porto Alegre.
Sanfelice responderá um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) que vai apurar a fuga, ocorrida em 2008, depois o documento será encaminhado ao juiz Eduardo Almada, da Vara de Execuções de Porto Alegre, responsável pelas fugas e faltas graves cometidas por condenados na Região Metropolitana de Porto Alegre. O juiz Eduardo Almada decidirá se o empresário Sanfelice comprirá a pena no semiaberto ou irá cumprir a pena em regime fechado.

Ao chegar da Espanha, Sanfenice informou que tinha mais 11 anos da pena para cumprir, era o tempo registrado no processo de execução penal. Porém a Juíza Traudi Granbin, da Vara de Execuções Criminais de Novo Hamburgo, refez os calculos e atualizou o tempo de prisão de 11 anos para 13 anos, 11 meses, já descontados os des meses que passou no complexo penitenciário de Madri. 
Afirma a Juíza Traudi: "O programa ficou contando o período em fuga como se estivesse cumprindo a pena. Esse foi o erro. Cadastramos a data da recaptura e corrigimos os números"
Porém a Advogada contesta para que seu cliente manter-se no semiaberto: "Se o erro de contagem foi após a evasão, esse acréscimo em nada influi, pois ele já estava neste regime." 

A juíza Traudi Grabin instaurou ontem o Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) da fuga e determinou que Sanfelice fique no isolamento, sem direito sequer ao pátio, até uma decisão sobre o regime que cumprirá. A definição sobre a continuidade do semiaberto ou a regressão ao fechado, que deve sair em 30 dias, será do juiz Eduardo Almada, após audiência com o condenado. No interrogatório, Sanfelice tentará justificar a fuga.



Att. Sr. Truth

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